A certidão de óbito de Rubens Paiva foi corrigida em São Paulo para registrar sua morte como "violenta, causada pelo Estado brasileiro". Tal medida ocorre após 25 anos de luta de sua esposa, Eunice Paiva.
Vale destacar que essa correção aconteceu no mesmo dia em que o filme 'Ainda Estou Aqui' foi indicado ao Oscar 2025. Isso retrata a luta de Eunice pelo reconhecimento da verdade sobre a morte de seu marido.
A retificação da certidão do ex-deputado federal é parte de um movimento nacional destinado a corrigir registros de vítimas da ditadura militar. O caso em questão segue uma resolução do CNJ de dezembro de 2024.
Esta medida visa reconhecer a responsabilidade do regime militar nos falecimentos e desaparecimentos de dissidentes políticos. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania informou que as certidões serão entregues em eventos realizados pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP). Além disso, o órgão promete pedir desculpas oficiais às famílias e homenagens às vítimas da ditadura militar.
A história da família Paiva é destacada no filme 'Ainda Estou Aqui', baseado na obra do jornalista Marcelo Rubens Paiva. Rubens foi retirado de sua casa por militares em 1971 e nunca mais visto, enquanto sua esposa e filha foram presas no dia seguinte.
Eunice Paiva dedicou sua vida a provar a responsabilidade do Estado no desaparecimento e assassinato de seu marido, culminando na recente retificação da certidão de óbito.
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