PROJETO VOLUNTÁRIO OFERECE AULAS GRATUITAS A CRIANÇAS DE VITÓRIA DA CONQUISTA

Dona Maria cuida do espaço



O Projeto Mãos que Acolhem é formado por um grupo de 17 pessoas que voluntariamente ajudam crianças de Vitória da Conquista/BA. Maria Rosa da Silva, idealizadora desta ação, conta com colaboradores para oferecer aulas de panificação, confeitaria, capoeira, arte, teatro e jiu-jítsu.

Depois que ficou viúva, Dona Maria pensou em uma forma de ajudar as pessoas que lhes fizessem companhia. Diante disso, lançou o projeto, com outro nome, próximo ao Hospital Afrânio Peixoto. Com o tempo, mudou-se para o Bairro Cidade Maravilhosa, em um espaço alugado.


A idealizadora conta as dificuldades que encontra para manter o trabalho. Com os amigos, ela consegue apoio para realização das atividades. Já com as doações, vindas de pessoas da sociedade que se sensibilizam com o projeto, Maria pode proporcionar às crianças atendidas condições para o aprendizado.


De acordo com ela, todos estes envolvidos estão voluntariamente colaborando para tirar muitos jovens das ruas e dos períodos de caminhos fora da lei. Segundo Maria, as pessoas querem ajudar e têm a boa vontade de ver a criança crescendo e aprendendo uma nova forma de trabalho futuramente.


Para fazer parte do Projeto, como aluno, basta estar matriculado em alguma escola pública do município. Além disso, ter na família uma condição de vulnerabilidade social. A idade permitida é até os 22 anos e que não frequenta nenhum emprego.


Os estudantes ficam um turno no projeto e outro na escola. Atualmente, são mais de 70 alunos que participam da ação. Quem entra não paga nada, apenas comprova a situação de necessidade de aulas desse tipo. 


Dessa forma, tudo é voluntário e os professores não recebem nenhum salário para promover as aulas. Dona Maria conseguiu as máquinas, através de doações e conta com o apoio social para receber o material necessário para as atividades.


Como existe o curso de panificação, o trigo, os ovos, entre outros ingredientes precisam ser retirados do bolso dos responsáveis pelo projeto ou de doações da comunidade. Enquanto as demais aulas são feitas com objetos já doados e reutilizáveis no espaço.


Devido a sede não ser própria, Dona Maria diz que paga o aluguel e quando não há condições de arcar com este custo, promove uma feijoada beneficente. Assim, mais uma vez, a sociedade abraça a causa e ajuda como pode. Ela também lembra que há apoio até quando precisa fazer eventos para as crianças.


Por essa razão, ela agradece a quem já ajudou, como quem pagou o aluguel por um período, quem doa os produtos, quem faz a entrega de dinheiro e cestas básicas, etc. Se não bastasse isso, como no espaço já é feito o pão, para consumo e venda, em parte, Dona Maria teve uma nova ideia. Panetones foram feitos para serem vendidos pelo valor de R$ 10,00 cada. Com esse dinheiro, os gastos do mês de dezembro estão sendo saciados.


Além disso, as pessoas encontram para comprar também torrada, farinha de rosca, entre outros produtos, feitos nas aulas, ministradas por voluntários. Esses professores têm dupla jornada e, quase sempre, frequentam outro emprego e vão direto para o projeto. Nem combustível para os veículos eles não recebem, devido a condição financeira que Dona Maria diz passar.


Atualmente, o Projeto ainda está sem o registro e sem CNPJ. Mas, a equipe já busca, junto aos órgãos civis, o processo de inscrição. Ainda não tem a pessoa responsável para aulas de costura, porém, já possui a máquina. Dona Maria precisa do voluntário (a) para essa área.


Quem desejar ajudar, de alguma forma, o projeto, basta ir até a sua sede. Ele fica na Rua de Janeiro, Bairro Cidade Maravilhosa, número 16, próximo a Jotam. Bem na divisa com a Urbis V, em Vitória da Conquista. Caso queira visitar e aproveitar para comprar os produtos, como o panetone, vai fazer uma enorme colaboração aos organizadores.


Além da ajuda financeira, a maior necessidade dos organizadores é material para as aulas, bem como de mais voluntários. E quem quiser e precisar participar das aulas, basta se enquadrar nos requisitos citados anteriormente. Dona Maria diz que não recusa nenhuma pessoa que deseja ser ajudado (a).


Desde quando começou o projeto, mais de 50 ex-alunos já foram empregados, em locais diversos. Inclusive, a idealizadora diz que dois destes são, atualmente, empresários e sempre lembram das suas raízes. A representante do projeto tem o maior orgulho de dizer os testemunhos de crianças que passaram pela ação e cresceram profissionalmente com o aprendizado de lá.


Confira algumas fotos e ajude como puder.






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