Riscos da mineração predatória

Região Acontece

Artigo – 14.08.2021 / PRISCILA XAVIER

Foto: Divulgação/VALE


Livramento de Nossa Senhora (BA) é um município privilegiado, na Chapada Diamantina. Possui destacados recursos e paisagens naturais, como rios, cachoeira e serras, que encantam moradores e visitantes, com tamanha beleza e biodiversidade.

No entanto, o homem, esse ser rico em qualidades, mas pobre em consciência, faz mal uso de tais meios, devastando-os em benefícios individuais, muitas vezes, de forma imediatista. Temos preciosidades e recursos que são exclusivos.

Principalmente, na área mineral, gerando cobiça das mineradores. É o caso do   quartzito, extraído de forma indiscriminada e sem fiscalização. Cabe peguntar (sic) se vale a pena permitir tal prática e se lucramos ou perdemos com isso?

Certamente que não estamos lucrando, pois levam a riqueza e ficam os danos, representados, por exemplo, pelos impactos ambientais, que incluem destruição da vegetação, erosão do solo, assoreamento e contaminação de córregos e rios.

Além da fuga e até morte de muitas espécies animais, poluição sonora e do ar, fazendo-se urgente e necessária a devida fiscalização e adoção das medidas de prevenção e controle ambiental, previstas na lei.

Diante do que se verifica em Livramento, é oportuno perguntar como se consegue "licença" para explorar jazidas tão próximas de fontes e cursos de água, e por que a população não se importa com a gravidade desse problema?

Muitos pensam apenas na conveniência econômica! A maioria da população vive da agricultura familiar, de auxílios governamentais, da prestação de serviços à prefeitura ou são obrigados a buscar meios de vida em outras regiões.

Desse modo, as pedreiras acabam sendo vistas como oportunidade de emprego, sem precisar migrar. Mas isso tem prazo curto, pois tal fonte se esgota e restarão apenas devastação, contaminação e doenças, pelos dejetos químicos.

As mineradoras vão embora e a nefasta conta fica para nós! Então, é preciso que o poder público local faça cumprir as leis de preservação ambiental e de proteção da saúde pública, impedindo essa exploração predatória.

A questão da renda e do emprego pode ser resolvida ou minimizada, de forma sustentável e sustentada, por exemplo, com projetos de apoio ao homem do campo e de incentivo aos produtores artesanais, através de cooperativas.

Fonte: Priscilla Xavier / Publicado pela Rádio Portal Sudoeste

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